Valentina Giacinti

Uma rápida olhada na mídia nacional nos coloca diante de um nome que, ultimamente, tem s altado de um lado para o outro. É a de Valentina Giacinti, já eleita por unanimidade como a rainha do futebol. Seu nome, a partir de hoje, pode ser colocado lado a lado com os de Ronaldo, Messi e Bonucci porque ai de ainda considerar esse esporte só para homens.

Na verdade, o conceito já havia sido abalado por Patrizia Panico, a técnica de futebol e ex-jogadora italiana que sonhava em ser Maradona, e que hoje é treinadora da Fiorentina e única mulher na equipe dos sete homens seleções nacionais.

Valentina também, seguindo seus sonhos extraordinários desde pequena, e preferia coisas redondas a bonecas, para poder brincar com elas. E com certeza não se deixou amedrontar, como talvez outros teriam feito, ao se ver jogando como única mulher no time de futebol de seu país, o AC Valcavallina de Entranico.

Ela nasceu como atacante, e não apenas para o papel em campo que parece feito sob medida para ela e que tomou forma quando ela tinha apenas 5 anos e seu pai a levou para San Siro para o jogo Milan-Juve. Valentina ataca, no verdadeiro sentido da palavra, e conquista todos os gols. Sempre foi apaixonada por futebol, nunca perde uma única partida do campeonato e quando para, se dedica ao virtual, jogando play.

Então ela escolheu correr na estrada dos seus sonhos, um caminho não isento de armadilhas que a levaram a se firmar em um mundo que sempre foi pensado apenas para homens.Mesmo naquela época, quando tudo estava em movimento, o conselho dos outros era se dedicar a algo mais feminino. Mas tenacidade, isso é óbvio, nunca f altou para ela.

Então aqui está ela, fazendo sua estreia na Serie A feminina aos dezesseis anos, primeiro com o Atalanta e depois com o Napoli. Mas os sonhos, para serem considerados sonhos, precisam daquele algo extra que Valentina encontrou na América. Na verdade, aos 19 anos, o jogador de futebol mudou-se para os Estados Unidos para jogar em Seattle. Mas o primeiro amor nunca é esquecido, então aqui está ela de volta à Itália, primeiro com Mozzanica e depois com Brescia.

Em 2018, porém, Giacinti veste a camisa do Milan e é com ela que atinge uma marca extraordinária, a de 50 gols. Valentina é uma bombista, e a sua função é fazer sonhar todos os fãs deste desporto com as suas atuações, mas também é o símbolo do movimento das mulheres, aquele que luta pela eliminação das diferenças, desigualdades e estereótipos de género.

Agora todo mundo fala dela, fazem isso pela transição do Milan para a Fiorentina, talvez com menos fervor do que a despedida do Napoli anunciada por Insigne, e porque ela é contestada por várias equipes por seu talento e esse papel inatingível do atacante que soma mais de 250 gols em toda a carreira. Falam dela como falam de qualquer jogadora de futebol, porque o mercado de transferências não é mais dominado apenas por homens.

Valentina Giacinti

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