Crianças de todas as idades são cada vez mais vítimas de compras compulsivas de brinquedos comprados pela família, sem terem pensado o suficiente. Graças à grande variedade de brinquedos no mercado, aos preços baratos e à presença de cada vez menos crianças na família, não há avô, tio ou pai que economize nos brinquedos mesmo sem a necessidade de um aniversário. Poder-se-ia folhear páginas e páginas de manuais pedagógicos sobre as consequências das compras contínuas de adultos que, por vezes, são incapazes de expressar uma recusa ou que, por culpa, dirigem a atenção para os filhos através de objectos.Mas hoje não vamos falar sobre isso, mas vamos nos limitar a analisar o que pensar antes de comprar um jogo para nosso filho.

Sabemos que a escolha do jogo certo é importante porque o que para nós é um simples objeto de entretenimento é para eles uma ferramenta pela qual vão aprender, descobrir e se apaixonar. Por isso, antes de nos apaixonarmos por uma ideia, uma cor, um estilo, devemos entender o porquê de comprar aquele brinquedo para a criança e não outro.

Vamos garantir que seja um jogo apropriado para a idade

Quantas vezes encontramos presentes que não são absolutamente adequados para a idade de nossos filhos! Quase sempre são jogos pensados para crianças maiores, seja por serem perigosos (devido à presença de elementos muito pequenos e que podem causar risco de sufocamento) ou por serem muito complexos. A indicação da idade na caixa do jogo é sempre clara e deve ser respeitada. O risco é criar frustração na criança que não consegue completar um jogo por ser muito difícil, pois exige habilidades que ela ainda não possui.Não é uma questão de inteligência, de estar acordado ou não, de ter um irmão mais velho em casa. O desenvolvimento cognitivo e motor deve ser respeitado, para preservar sua auto-estima: cada idade tem sua brincadeira, não vamos antecipar etapas e sim dar um tempo para a criança.

Na caixa também encontraremos o número de jogadores e será importante avaliar isso também: não adianta aparecer um jogo que deve ser jogado com muitos participantes, se somos poucos em casa ou os irmãos e irmãs ainda são muito pequenos ou vice-versa muito grandes. Isso também pode causar frustração se o jogo não for usado.

Cuidado com as habilidades que o jogo estimula

Cada vez mais, na caixa de brinquedos, ao lado da idade, também consta a redação das habilidades que são estimuladas por meio da brincadeira. Muitas vezes, um ou dois são dominantes, e é importante entender se são os adequados para o momento que nosso filho está vivendo.Se o jogo não é um mero entretenimento passivo mas sim uma forma de descobrir e descobrir, de experimentar uma nova aventura e conhecimento perante o mundo, o que nos é proporcionado é um facto absolutamente importante. Por exemplo, se nosso filho precisa desenvolver a concentração, escolheremos jogos que exijam atenção, paciência e produtos não barulhentos com luzes e música. Se for no desenvolvimento da autonomia e da criatividade que a criança terá que se empenhar, vamos nos concentrar em comprar um jogo de dados, por exemplo, onde a cada nova dica será necessário inventar uma história, sem a ajuda de ninguém e tão longe.

Melhores jogos multiuso que crescem com ele

O conceito de produtos descartáveis e de vida curta, ainda que lentamente, está sendo abandonado. Vemos isso em todos os aspectos do mercado, até mesmo no campo da infância. Tendemos a criar produtos com múltiplas vidas, que crescem com a criança. É evidente no campo da puericultura, bem como na mobília do quarto.O mesmo vale para os brinquedos. Alguns têm vários níveis de complexidade, com base na idade do jogador. Por um lado, esta é uma forma de respeitar as etapas evolutivas, para não aborrecer com o tempo a criança que já atingiu um bom nível de brincadeira e já não é estimulada pelas velhas regras e por fim, se for um jogo caro jogo, para amortizar aquela despesa que nos pode parecer excessiva mas que, com o tempo, revela o valor intrínseco do objecto.

Como escolher os jogos para oferecer

Preferimos jogos sustentáveis ou de segunda mão

Outro fator que se consolidou ao longo dos anos é o da sustentabilidade do jogo. Se nos anos 80 era um hino contínuo ao plástico em todas as suas formas, hoje ele é entendido como brincadeiras com pilhas que precisam ser trocadas a cada três vezes, e com materiais que podem ser difíceis de reciclar, principalmente se forem feitos com muitas componentes diferentes devem ser evitados.Obviamente, não se trata de fazer guerra a priori a um bom jogo de plástico, a um produto que nos parece válido e com boas críticas, mas apenas avaliar cuidadosamente alguns dados para fazer escolhas informadas. Uma forma inteligente é comprar de segunda mão, para não abrir mão do que gostamos, através de um círculo virtuoso que sempre dá nova vida a um objeto que de outra forma estaria enterrado no porão ou em alguma lixeira.

Cuidado com a qualidade: certificações e materiais

Esse fator está muito ligado ao ponto anterior: o da boa qualidade do jogo para comprar. Antes de comprar um brinquedo é aconselhável verificar, também do ponto de vista ético, onde foi fabricado. A maioria dos componentes de muitos jogos são fabricados em vários países, a maioria na China, e depois montados na Itália. Não podemos conhecer a cadeia produtiva, não podemos nos encarregar dessas avaliações, mas devemos ter o cuidado de verificar (também para a segurança do menino ou menina que terá que brincar com ela) se ela possui certificação da Comunidade Européia.Preferimos lojas, cadeias ou oficinas que sabemos ter cuidado na escolha dos seus produtos. O discurso relacionado à qualidade e também à segurança dos brinquedos é o dos materiais. Às vezes, mesmo a olho nu, são reveladas as peculiaridades do jogo, como foi feito, quais materiais foram utilizados e se é um produto que pode quebrar imediatamente ou não. É melhor gastar mais e comprar menos brinquedos do que fazer uma compra pequena para comprar algo inferior que, em geral, tende a quebrar na hora.

Como escolher os jogos para oferecer

O fator econômico, quando compramos brinquedos

No início dissemos quanta escolha existe hoje no campo dos jogos infantis. São constantes novas coleções nas bancas, novos brinquedos e evoluções das anteriores, em todas as lojas. O mercado oferece muito, talvez até demais, então por um lado a possibilidade de economizar é considerável, por outro é mais difícil nos livrarmos quando temos que dar um presente para uma criança, mesmo que seja nosso filho ou filha.É verdade que nem todos temos a mesma carteira, mas há formas de poupar: esperamos promoções, liquidações, seguimos as páginas sociais daquela determinada marca, ou do produto ou loja que vende o brinquedo que o nosso filho quer e esperamos. Várias vezes ao longo do ano são promovidos descontos e recolhas de pontos. É preciso paciência, mas podemos fazê-lo e fazer um belo presente!

Vamos comprar o jogo que você realmente ama

É possível que com o jogo recém-comprado a criança já esteja entediada? Sim! Vemos isso todos os dias em nossas casas, e isso acontece por dois motivos: porque as crianças têm demais (como veremos mais adiante) e porque a brincadeira não responde a nenhuma necessidade. Aquele objeto que ele(a) tanto gostou ou que a gente gostou estragou! Não é um brinquedo inútil per se, mas não é útil para nosso filho ou filha. Se o jogo permite experimentar, procuramos algo que permita à criança praticar (ou descobrir) as suas paixões.Pensemos em instrumentos musicais, em formato de brinquedo, que possam aproximar as crianças da música, que já se percebe curiosidade por esse tipo de arte; ou às marionetas, ao teatro ou aos brinquedos de primeira abordagem científica. São jogos para todas as idades que aproximam essas e outras paixões, assim como o mundo da culinária, costura, etc. Meninos e meninas poderão experimentar atividades que já conhecem em parte, imitando também o que mamãe e papai fazem.

Nós seguimos os desejos das crianças e seguimos os nossos

Quando compramos um jogo pensamos muito em quem deve recebê-lo e quem deve jogá-lo. Não é o que gostaríamos quando meninos e meninas ou o que fica melhor no quarto. Seguimos as pistas que os pequenos nos dão todos os dias, além dos pedidos explícitos, que podem ser feitos impulsivamente, porque todos os nossos amigos têm esse jogo. Além disso, tome cuidado para não comprar jogos baseados no sexo das crianças.A essa altura, os estereótipos nas crianças já deveriam ter sido mais do que eliminados pela alfândega, mas ainda há alguém que torce o nariz, se é um menino que quer brincar de carrinho e boneca. Também houve uma evolução nas caixas de brinquedos, mas ainda há muito trabalho a ser feito, para evitar que os departamentos rosa (dedicados ao cuidado) sejam prerrogativa exclusiva das mulheres e os azuis (dedicados à descoberta, ciência, aventuras) sejam para uso e consumo exclusivo dos homens de amanhã.

Como escolher os jogos para oferecer

Não compramos muito: é preciso muito pouco para jogar

Dissemos que, às vezes, depois de pouco tempo, as crianças já estão entediadas com o novo jogo e isso também acontece porque algumas crianças têm muito, sem culpa. É normal desejar, pedir, e nossa tarefa não é atender imediatamente um desejo, mas também ensinar o valor da espera, da paciência, além do fato de que não se pode ter tudo.Muitos pedidos, então, são motivados pelo desejo de ter as mesmas coisas que viram na TV ou na casa de uma amiga ou irmã, mas nem sempre as crianças sabem se aquele jogo é realmente bom para elas ou se é adequado. Quantas vezes, então, deixam de lado um brinquedo desejado e passam a brincar com objetos do cotidiano (desde a concha, passando por massas secas, cadernos etc.), criando histórias, aventuras. Isso não significa que não devemos comprar brinquedos, apenas que as crianças são capazes de se divertir com muitas coisas se quiserem. Muitas vezes é aquele famoso "tédio" que faz com que consigam preencher espaços vazios com a imaginação e nesse caso, o brinquedo novinho visto na TV muitas vezes fica esquecido no cantinho do quarto.

Vamos fazer uma limpeza, periodicamente

Vamos concluir esta série de fatores para refletir antes de comprar um brinquedo para nosso filho, nossa neta, esperando que tenham sido úteis: a ideia não é dizer "não" para a criança, ficar meio agora em na frente de cada prateleira para pensar naquele ou naquele produto, ou desistir de algo que você pode gostar muito, só porque é de plástico, ou porque f altam seis meses para a idade certa.A ideia deste artigo é oferecer elementos de reflexão para fazer escolhas mais informadas, para o bem-estar e satisfação da criança e do planeta. E assim só poderíamos concluir refletindo sobre os jogos que já temos em casa, antes de comprar mais um. Se o menino ou a menina não brinca com algum deles há muito tempo, junto com eles, decidimos o que fazer. Poderíamos doar alguns deles para caridade, até levá-los juntos para algum hospital, casa de família, escola, outros poderíamos colocá-los à venda. Finalmente, se acharmos que eles podem voltar, podemos colocá-los em alguma caixa e retirá-los depois de alguns meses e ver se o efeito da pseudonovidade surte efeito.

Depois de fazer essa avaliação, e também uma pequena limpeza, tendo também liberado espaço, pode ser que as necessidades da criança tenham mudado. Se, por outro lado, seu desejo ainda for forte, será melhor poder satisfazê-lo, e o novo brinquedo encontrará mais espaço e menos concorrentes semelhantes em termos de aparência ou função.

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