Diabetes, alarme: descubra os sintomas
A dor de cabeça pode reduzir o risco de diabetes tipo 2, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores das universidades de Paris e Berlim (sob a orientação de Fabrice Bonnet e Guy Fagherazzi) e publicado na Jama Neurology.
O que é diabetes tipo 2? É a forma mais frequente de diabetes, típica da idade madura e caracterizada por uma dupla característica: não produz uma quantidade de insulina suficiente para atender às necessidades do corpo, ou a insulina produzida não age adequadamente. Como conseqüência, há um aumento nos níveis de glicose no sangue, mas - ao contrário do que acontece no diabetes tipo 1 - para quem sofre, a injeção de insulina externa não é de vital importância. E é esse tipo de diabetes, influenciado por fatores ambientais e hereditários, bem como frequentemente presente em pessoas obesas ou com sobrepeso.
Para o estudo, os pesquisadores examinaram 1000 mulheres nascidas entre 1925 e 1950 e obtiveram dados de uma investigação completa ( Etude Epidémiologique Aupres des Femmes, da Mutuelle Générale de l'Education Nationale ). De 1992 a 2022-2023, as mulheres foram submetidas a extensos questionários anuais ou bienais e, assim, foram divididas em três grupos: sem histórico de enxaqueca, enxaqueca em andamento e enxaqueca no ano anterior. Suas respostas foram cruzadas com dados do Serviço de Saúde francês, para avaliar se haviam comprado ou não medicamentos para dores de cabeça. E, o resultado do estudo foi exatamente isso: existe um vínculo entre dor de cabeça e hiperglicemia. Em particular, se as dores de cabeça são reduzidas em uma pessoa obesa que sofre de enxaqueca , o risco de diabetes aumenta ; pelo contrário, se a enxaqueca persistir, o risco permanece baixo.
Antes da ocorrência do diabetes tipo 2, há um aumento progressivo dos níveis de glicose no sangue e - quando chega o diagnóstico de diabetes - a enxaqueca já foi reduzida em frequência. Os mecanismos biológicos subjacentes a essa relação, no entanto, ainda precisam ser explicados.